
O início de Bastardos já introduz seu brilhantismo. Um homem simples vivendo com suas três filhas em seu pequeno sítio. Visitados por um elegante coronel-nazista em um bate-papo franco na pequena mesa de jantar no qual o alemão procura por uma famíla-judaíca foragida. Méritos ao diretor pela cena e o ator Christoph Waltz na pele do coronel Hans Landa que desde o início até o final, roubou as cenas no qual participou.
Os cincos capítulos passam de forma tensa e em uma qualidade de alto nível a ponto do espectador ficar sem piscar um minuto se quer. Tarantino se foca nos diálogos, oferece citações e uma trilha sonora também com referências que impõe exatamente o que a cena transmite. Arma e violência também não podem faltar nas obras do diretor. Embora tudo seja quase perfeito, percebe-se que ao mesmo tempo Tarantino se contêm, ele também se gaba e até exagera em alguns momentos. Mas nada que prejudique esse grande filme.
Brad Pitt (Tenente Aldo Raine) não é o grande protagonista como era suposto no trailer. Este papel fica por conta de Mélanie Laurent (Shosanna Dreyfus), sua figura vingativa (marco do diretor). Na trama, as duas histórias paralelas se tornam uma só com o decorrer da história, e ao dividirem o mesmo espaço no pequeno cinema de Shosanna, expõe-se toda a estrutura que a história permite. E em relação aos personagens, pode-se dizer que todos são compostos de características próprias de acordo com sua nacionalidade, tais como o inglês elegante, o francês tediado e inexpressivo e/ou até mesmo o americano sádico e ignorante. Isso tudo se torna crucial para expôr toda a qualidade do filme, tornando-o admirável.



Nenhum comentário:
Postar um comentário