sábado, 31 de julho de 2010

Diversas Postagens - Por Fernando K.

Devido a minha ausência nestas últimas semanas, resolvi compensar todo o tempo parado. Portanto, boa leitura!

Kick-Ass - Quebrando Tudo (Kick-ass, 2010)

Sinopse: Dave (Aaron Johnson) é um adolescente comum. Não é o cara nerd que apanha dos valentões na escola, muito menos o popular reconhecido por todos que estão a sua volta. Enfim, o garoto tem uma vida banal, mas com grandes ambições. E é através disto, que ele se tornará Kick-Ass. Um mascarado que irá defender os fracos e oprimidos, limpando as ruas da criminalidade. Do outro lado da história, pai e filha conhecidos como Big Daddy e Hit-Girl lutam ocultamente contra o principal mafioso da cidade: Frank D´Amico. Para azar de Kick-Ass, o vilão acredita que ele é o causador de todos esses prejuízos e fará de tudo para destruir este incompetente herói que ficou reconhecido pela internet.

O que mais me impressiona no filme, é esta dosagem do verossímil ao fictício. Exemplificando respectivamente, temos Dave/Kick-Ass e Mindy/Hit-Girl. Primeiramente, vemos o garoto com corpo ranzinza, cara de nerd e movimentos descoordenados caracterizando algo que seria totalmente apropriado a realidade. Enquanto que do outro lado, a garotinha capaz de manusear armas, com movimentos descomunais, utilizando um linguajar grotesco e matando a sangue-frio (alías, uma personagem extraordinária!). Enfim, os personagens são fantásticos, as interpretações estão a altura, o diretor Vaughn utilizou violência demasiadamente - a primeira cena de Damon (Nicholas Cage) e Mindy (Chloe Moretz) é chocante! - mas nem por isso o filme perde crédito e pra mim, "Kick-Ass - Quebrando Tudo" é a grande surpresa até agora. Criatividade sem limites. Cômico e divertido. Recomendo!


Batman Contra o Capuz Vermelho (Batman: Under the Red Hood, 2010)

Sinopse: Sozinho, Batman continua varrendo as ruas de Gotham City sem qualquer dificuldade, já que seu arqui-rival Coringa está fora de combate desde que assassinou seu fiel parceiro, Robin. Dois anos se passaram. O Cavaleiro das Trevas ainda se encontra abalado. No entanto não há tempo para lamentar, pois um novo inimigo aparece: Red Hood. Este que rapidamente se torna chefe do crime, a ponto de se confrontar com o atual malfeitor da cidade, o Máscara Negra. A partir daí começa um conflito para saber quem irá dominar as ruas de Gotham, enquanto que Bruce Wayne tentará de todas as formas descobrir a verdadeira identidade deste mais novo vilão ou justiceiro.

AVISO: A crítica é apenas para aqueles que assistiram a animação. Achei muito interessante a história. A personagem do super-herói agora está mais ríspida e intolerante. Tanto Batman com Coringa já não são tão jovens, mas o senso de justiça do cavaleiro das trevas continua o mesmo: punir sem matar, pois caso contrário, ele seria apenas mais um assassino ou simplesmente um justiceiro. O que a trama procura destacar, é este senso. Conflitando seu ex-aprendiz Robin a ponto de ambos exporem sua idéia de justiça. Red Hood, combate o crime, controlando-o e matando a sangue-frio todos aqueles que contrariam seu ideal, enquanto o herói apenas os pune de acordo com a lei, como o caso do próprio Coringa, que mesmo tendo matado seu ente mais querido, Batman colocou-o atrás das grades, sem fazer justiça com as próprias mãos. Sou fã do morcego, mas não por isso digo que vale a pena conferir esta animação. Cativante e sombria são as palavras que melhor definem esta aventura.


Simplesmente Complicado (It´s Complicated, 2009)

Sinopse: Jane (Meryl Streep) está divorciada de Jake (Alec Baldwin), pai de seus três filhos, há dez anos. No entanto, nunca deixou de amá-lo e assim reciprocamente. Embora que neste meio tempo eles nunca se entendessem e até não se suportassem, surge um caso entre eles durante uma noite em um bar de hotel. A partir daí, os dois começam a viver um romance as escondidas, já que Jake está casado com outra mulher e Jane tem um pequeno affair com seu arquiteto Adam (Steve Martin), se tornando uma das traições mais curiosas e cômicas já vistas.

A idéia não é original, o que não torna o filmes menos interessante. A diretora Nancy Meyers (Alguém Tem Que Ceder, 2003) acertou desta vez. Streep e Baldwin funcionam extraordinariamente bem! Sem comentários para a atriz detentora de dois oscars. E o segundo que vem oscilando entre altos e baixos na carreira, desta vez acerta e merece elogios. A história é divertidíssima. E tudo corre muito bem até seu final, já que todos torcemos para que o casal termine junto e possam viver felizes para sempre. Mas nada que estrague o longa, que merece aplausos principalmente por esta dupla sensacional que ocupa todo o filme, não deixando espaço para o esforçado Steve Martin. Agora finalizando, recomendo "Simplesmente Complicado" para todos, pois entretenimento não vai faltar.


O Golpista do Ano (I Love You Phillip Morris, 2009)

Sinopse: Steven Russell (Jim Carrey) tem uma vida normal: policial municipal, cristão, casado e com filhos. Após sofrer um acidente de carro, o homem descobre ser gay. Depois da revelação, ele abandona sua família e começa a viver um outro estilo de vida ao lado de seu amante Jimmy (Rodrigo Santoro). Mas para manter este padrão de vida era necesário muito dinheiro, algo que Steven não tinha. Por isso, ele cometia pequenos delitos afim de ser bem remunerado. Quando é finalmente capturado, o golpista acaba conhecendo Phillip (Ewan McGregor) por quem se apaixona perdidamente e acabam vivenciando uma loucura após a outra.

Não se pode comparar este longa de Jim Carrey a demais trabalhos feitos anteriormente, como "O Mentiroso" (1997). Isto porque a trama não é fácil de se classificar e talvez por isso a dificuldade na distribuição desta produção. Demorou a chegar, mas antes tarde do que nunca, né?! Mas falando um pouco sobre o filme, podemos classificá-lo em duas partes: a primeira em que o protagonista acaba se condenando por sua vida pacata e normal, trabalhando contra si próprio e a segunda, onde ele vive as mais loucas aventuras, aplicando golpes perfeitos complementadas pelo exagero, levando-o a ser capturado. Em relação ao elenco, McGregor está sensacional e junto a Carrey funcionam muito bem. Rodrigo Santoro faz uma pequena participação e vai bem até. Os estreiantes de direção Ficarra e Requa, antes roteiristas, conseguem seu primeiro trabalho de expressão. E para fechar, "O Golpista do Ano" não é daquelas tramas que agrada a todos, por isso tenha calma ao assistí-lo. Mas vale a pena conferir.


Código de Conduta (Law Abiding Citzen, 2009)

Sinopse: Por causa de uma falha do sistema
judiciário norte-americano, o estuprador e assassino da esposa e filha de Clyde Shelton (Gerard Butler) cumpre apenas uma pena de cinco anos de prisão enquanto seu cumplice é sentenciado a morte. Isto porque o promotor Nick Rice (Jamie Foxx) fez um acordo com os bandidos, temendo que ambos saíssem livres sem que fossem punidos por essa atrocidade. Insatisfeito, Shelton irá atrás dos culpados e fará justiça com as próprias mãos, matando um a um, até que todos os envolvidos sejam punidos. Nick estará em seu caminho e fará de tudo para impedir que o pior aconteça.

Quem dirige a trama é F. Gary Gray, o mesmo do bom "A Negociação" (1998) com Samuel Jackson e Kevin Spacey, "Vingador" (2003) e "Uma Saída de Mestre (2003). O filme começa bem, impondo um ritmo frenético e indo direto ao ponto. O número de mortes vai aumentando e as peças se encaixando até que o espectador possa entender como o protagonista armou tudo quase que perfeitamente, se não fosse por um descuido que lhe causará caro. Mas mesmo com toda essa crueldade do pai/marido vingador, fica difícil denominá-lo como o homem-mau da história, já que o mesmo procura apenas a justiça para aqueles que foram impunes e para todos os envolvidos que poderiam ter feito mais pelo caso. Assim, vale também para Nick, a personagem de Foxx. Ele mesmo sabe que os atos de Shelton são conseqüências de suas ações, já que seu orgulho lhe impediu de se envolver mais com o caso (ele tinha 96% de condenações). Portanto, ele não é o mocinho da trama. Mas enfim, a história se perde no final. A morte não seria o melhor caminho para o desfecho, pois não bate com toda a autenticidade imposta por "Law Abiding Citzen". Interessante e surpreendente em determinados momentos, recomendo!


Mar de Fogo (Hidalgo, 2004)

Sinopse: Frank Hopkins (Viggo Mortensen) é o melhor corredor de longa distância a cavalo dos Estados Unidos. Quando é convidado pelo sheik Riyash (Omar Sharif) a participar de uma corrida no deserto do continente asiático, o cowboy prontamente recusa, mas acaba aceitando devido a insistência dos colegas. Lá ele vê que esta corrida seria um pouco diferente do que estava acostumado, pois o cenário era totalmente distinto e seus adversários destemidos. Hopkins terá que encarar seus medos e recorrer as suas origens para que, junto de fiel parceiro Hidalgo, possam ganhar esta corrida e cumprir uma ultima missão.

É necessário que vejamos mais de uma vez certos filmes e conseqüentemente, refletir para depois escrever. "Mar de Fogo" entra nesta concepção. Logicamente que a segunda vez já não causa aquele mesmo impacto como da primeira, mas o que vale mais é o entretenimento. E após vê-lo pela última vez, percebi que já não havia mais aquele sentimento de "uau... nice". Talvez se não fosse por Viggo Mortensen encarnando a personagem como poucos, eu tivesse ficado ainda mais decepcionado. A história mesmo baseada em fatos reais, não passa de pura invenção, pois muitos fatos ali expostos no longa, infelizmente nunca aconteceram (historiadores comprovam!). Tal como a própria corrida. Enfim, a trama é um pouco exagerada, esteticamente falando. A história é recheada de clichês e erros grotescos, tal como a cena em que Hopkins precisa salvar a princesa DURANTE a corrida no deserto, o que se torna algo totalmente fora de contexto. O diretor Joe Johnston (Jumandi, 1995) certamente não foi a melhor escolha para um filme que poderia ser memorável.


Nenhum comentário:

Postar um comentário