
Responsável por uma direção objetiva e roteiro sensato que mostram sua inteligência do começo ao fim, Thomas McCarthy vem buscando seu espaço mostrando-se capaz de criar grandes filmes. Nesta obra, o mesmo procura conscientizar seus espectadores sobre a dura vida dos imigrantes nos EUA e alguns temas vivenciados no cotidiano dos americanos, como o abuso de poder e preocupação excessiva com o terrorismo.
No elenco, Jenkins e Haaz Sleiman dominam as cenas. Protagonista e coadjuvante respectivamente, sendo que o primeiro mostra uma de suas melhores atuações, Jenkins interpreta de maneira magnífica, incorporando a personagem como poucos. A própria postura dele no filme, que de princípio é todo correto e até de certa forma arrogante, vai se desmanchando conforme reencontra a alegria de viver a vida, sempre batucando independente de onde estivesse, seja em uma reunião com o diretor ou na mesa de jantar.

Sendo um ótimo drama, talvez até um dos melhores do semestre, "O Visitante" só peca pela amizade superfícial de Walter e Terek. Lógico que é apenas minha opinião, pois vejo a decorrência dos fatos de forma muito acelerada, ou seja, um velho ranzinza gostar facilmente de um desconhecido e sua esposa não é algo que acontece no mundo real. No entanto, nada que estrague a obra. Assim como "Gran Torino" de Eastwood, e acrescentando alguns momentos cômicos e até românticos, este longa é simples mas de alta qualidade!


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