quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Spirit: O Corcel Indomável (2002) por Fernando K.

Uma animação simples com uma história cativante sobre o domínio do oeste norte-americano do século XIX. Embora o personagem central não possa falar como de costume nas animações, nota-se logo de início seu vigor pela liberdade e a expressividade transmitida deixando o espectador totalmente por dentro do que se passa, independente da idade.

Produzido pela DreamWorks e dirigido pelos iniciantes Kelly Asbury e Lorna Cook, o longa se destaca principalmente pelas belas paisagens de fundo, como na figura acima, e pelo realismo transmitido, onde não vemos animais falantes ou casais de ogros e princesas, ou seja, nada fora do comum. E mesmo que o kiger (raça do garanhão) fosse expressivo através de seus destacáveis olhos, era necessário que se o corcel conduzisse a história e por isso o vemos narrando, como sendo uma forma de sua consciência.

E é através dos olhos de Spirit que podemos ver a devastação causada pelos americanos, tomando as terras dos indígenas que ali habitavam sem qualquer chance de diálogo, sendo obrigados a se retirarem de seus lares sem qualquer motivo. Mas com esses mesmos olhos, o cavalo selvagem nos mostrar o quão importante é lutar pelos seus sonhos e que a liberdade é sempre um direito de todos os seres-vivos.

É impossível não se emocionar com essa fantástica história, caracterizada pela simplicidade e realismo implementada por uma aventura cheio de ação dosada com um certo drama. Por pouco, o longa não ganhou o Oscar de melhor animação tendo a infelicidade de competir com o excelente "A Viagem de Chihiro". Enfim, "Spirit: O Corcel Indomável" é capaz de atingir até os espectadores mais durões, deixando claro que a trama pode ser assistida por todas as idades sem hesitação, onde somos contagiados pelo vigor do corcel ao lado de seu amigo índio
Pequeno Rio e de sua amada égua. Pura emoção!


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